Caso Rafael Winques será julgado em janeiro
Publicado em 06/12/2022 às 15:25
Atualizado em 06/12/2022 às 15:25
O caso do menino planaltense Rafael Winques, morto em maio de 2020, ganha um novo capítulo. Isso porque o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) divulgou na sexta-feira, 2, a data e o local do júri de Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho Rafael foi antecipado para 16 de janeiro de 2023, a partir das 9h, no Salão do Júri da Comarca, em Planalto. Alexandra, que está presa desde o início das investigações, responde pelos crimes de homicídio qualificado - motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa -, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Já o sorteio dos jurados ocorre nesta sexta-feira, 9, às 10h30min, no Foro de Planalto.
Nesse julgamento, serão ouvidas no plenário 11 testemunhas das partes de acusação e defesa. As que não residem na Comarca – no total de três - irão depor por videoconferência. Foi definido que Rodrigo Winques, pai de Rafael, figura no processo como assistente de acusação e deverá permanecer incomunicável até o interrogatório da ré - Alexandra. De acordo com informações do Ministério Público, é de que, os advogados que representam Alexandra, terão duas horas e meia para cada um deles para colocar o ponto de vista da defesa. E mais duas horas para a réplica e outro tanto para a tréplica, conforme ajustado pelas partes.Julgamento interrompido em marçoO julgamento de Alexandra Salete Dougokenski ocorreria em 21 de março deste ano, mas a bancada de defesa da ré abandonou o plenário, um novo julgamento foi marcado, inicialmente, o novo julgamento estava marcado para 24 de abril de 2023, mas juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, titular da Vara Judicial da Comarca, explica através de nota à imprensa, que a antecipação do julgamento se dá porque esse processo era para ser finalizado em maio deste ano. "Destaca-se que durante o mês de setembro de 2022 foram retomados os júris na Comarca de Planalto, o que demonstrou haver possibilidade de realização da sessão de julgamento no salão do júri, embora o reduzido espaço, desde que o caso seja tratado como qualquer outro", disse a juíza em nota divulgada à imprensa. O Complexo Luz e Alegria, contatou a assessoria de imprensa do TJRS, mas de acordo com regimento interno da entidade, a juíza Marilene Parizotto Campagna, só deve se manifestar aos veículos de comunicação, no final deste caso.
Conforma o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), o cancelamento do julgamento, ocasionado pela defesa da ré abandonar o plenário, custou aos cofres públicos mais de R$ 160 mil reais. O montante envolve a contratação de empresa organizadora de evento, realização de licitação, contratação de link de comunicação de dados (internet), despesas com vigilância, transporte de bens, aluguel, diárias, entre outros.O que diz a defesa?Em contato com a reportagem do Complexo LA, Jean Severo, advogado de defesa de Alexandra Salete Dougokenski, comenta com surpresa a antecipação deste julgamento em quase quatro meses. Severo argumenta rebate a defesa e diz que o pai de Rafael, Rodrigo Winques, era quem deveria estar no banco de réus respondendo pela morte do menino. “O julgamento foi antecipado e bastante antecipado. Nós vamos agora trabalhar ainda mais forte no processo, argumentando que a Alexandra nega a autoria do homicídio. A questão da prova pericial particular foi muito importante. Claro que foi produzida e de que é a voz do menino. O Ministério Público já concorda e para mim, pouco importa se ela (prova) foi encaminhada ou gerada no celular do Rodrigo Winques. Ocorre que isso aconteceu após a morte dele. A denúncia diz que ele morreu ali dia 14 e 15 de maio de 2020, entre 23h e 2h. Esse áudio encaminhado ou gerado dia 15 de maio, às 20h. Quem tem que explicar isso é o Rodrigo Winques porque isso tava no celular dele. Esperamos um grande julgamento e acredito na absolvição da Alexandra”, disse a defesa.Por: LA Mais
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