Além do homicídio, o MPRS imputou à Alexandra o crime de falsidade ideológica, por inserir declaração falsa em documento público. A mãe, ao registrar boletim de ocorrência, mentiu à polícia dizendo que acordou e percebeu que Rafael não estava, que a cama estava desarrumada e que não sabia o que poderia ter "o motivado a sair de casa sem avisar ninguém". Na verdade, neste momento, já sabia que Rafael estava morto. Disse, ainda, que Rafael levou duzentos reais em espécie.
A fraude processual, outro crime pelo qual foi denunciada, decorre do fato de Alexandra ter forjado uma marcação no calendário de casa. Ela circulou a data 14 de maio de 2020 e depois mandou mensagem à polícia afirmando que havia encontrado um calendário com uma marcação no último dia em que Rafael teria sido visto com vida. Para o MPRS, Alexandra quis reforçar a falsa versão do desaparecimento, ludibriar a polícia, atrapalhar as investigações e afastar eventuais suspeitas que pudessem recair sobre si, tentando fazer com que a polícia acreditasse que Rafael havia fugido.
O crime
O julgamento de Alexandra Dougokenski começou na segunda-feira, 16 de janeiro de 2023, em Planalto, e deve se encerrar nesta quarta-feira, 18 de janeiro de 2023. A ré foi denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por ter assassinado o filho Rafael Mateus Winques em maio de 2020, quando o menino tinha 11 anos.
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