
Vai a júri no dia 13 de fevereiro, Dieison Corrêa Zandavalli, 36 anos, acusado pela morte da jovem indígena Daiane Griá Sales, 14 anos. A adolescente foi estuprada e morta em 2021. Conforme apurado, o crime ocorreu no dia 31 de julho, quando Daiane saiu de sua casa, em um domingo, para ir até um local se divertir, na Vila São João, perto da Reserva Indígena em Redentora. O corpo dela foi encontrado em uma estrada, junto a uma lavoura, em Posse Ferraz, a 10 quilômetros de distância, em área contígua à reserva caingangue.
A Polícia Civil concluiu que a adolescente foi levada por Dieison em um veículo, na madrugada de 1º de agosto. Com a adolescente no carro, ele teria seguido até a área de mata, cometido a violência sexual e estrangulado a vítima, até matá-la, por asfixia.
Dieison foi indiciado pelo crime e, mais tarde, denunciado pelo Ministério Público (MP) por estupro de vulnerável e homicídio com seis qualificadoras (meio cruel, motivo torpe, dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a ocultação de outro crime e feminicídio).
Contraponto
As advogadas Pâmela Londero, Ana Caroline Massafra e Laura Villar Piccoli, que atuam na defesa de Dieison Corrêa Zandavalli, enviaram nota sobre o caso à reportagem da GaúchaZH. Confira:
"A defesa reafirma seu compromisso com o pleno exercício do devido processo legal. O aprazamento da sessão do júri representa um avanço importante para que a verdade dos fatos seja devidamente apurada e a justiça seja feita. Confiamos na imparcialidade do Tribunal e na sabedoria dos jurados para que seja proferida uma decisão justa."
Passo a passo do julgamento
O júri está previsto para ocorrer no dia 13, a partir das 8h, no Fórum de Coronel Bicaco.
Inicialmente, serão sorteados os nomes dos sete jurados que integrarão o Conselho de Sentença.
Na sequência, inicia-se com os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa. Estão previstas 11 testemunhas ao todo.
Logo depois, o réu será ouvido, podendo optar por permanecer em silêncio, se preferir.
Então, começam os debates, por parte da acusação e da defesa, com 1h30min cada.
Ainda é possível que o Ministério Público decida ir à réplica, com mais uma hora para apresentar seus argumentos. Nesse caso, a defesa também terá uma hora para apresentar sua tréplica.
Após isso, os jurados se reúnem em sala secreta e votam se o réu é culpado ou não pelo crime.
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