Hospitais e prefeituras enfrentam falta de medicamentos
Publicado em 13/06/2022 às 14:42
Atualizado em 13/06/2022 às 14:42
Hospitais e municípios do Rio Grande do Sul estão cancelando procedimentos e cirurgias em virtude da falta de insumos e medicamentos. O problema atinge o país inteiro, conforme as instituições. Itens comuns como remédios para febre e soro fisiológico, que é usado em praticamente em todos os atendimentos, estão na lista de produtos faltantes.
A causa é a falta de matéria-prima, de acordo com o Conselho Nacional de Farmácia. Cerca de 90% dos insumos usados no Brasil para a fabricação de medicamentos são importados da China e da Índia. Além de produtos, não estão disponíveis as embalagens como conta-gotas, frascos e ampolas.
Em Frederico Westphalen, por exemplo, a Secretaria Municipal da Saúde já havia adiantado, no fim de abril, a preocupação com a escassez dos produtos. A alta demanda pelo uso do soro fisiológico para os pacientes com dengue, que estava e continua aumentando, era um dos motivos. “Não estão produzindo o insumo na mesma velocidade do consumo”, alertou, à época, a secretária municipal de Saúde, Tais Candaten.
O Hospital Pio XII, de Seberi, anunciou na terça-feira, 7, por meio de entrevista coletiva à imprensa, que enfrenta a falta de medicamentos e insumos. Em live realizada pela Rádio Fortaleza, o diretor-técnico, médico anestesiologista André Salaberry, destacou que a instituição não está conseguindo receber soro fisiológico, de qualquer tipo, em virtude da falta de embalagens.
– Por isso precisamos adotar algumas medidas de restrição e racionalizar o que temos em estoque para situações de urgência e emergência. Então, aquela situação comum, das pessoas que vinham ‘fazer um sorinho’ no hospital, sem uma indicação clínica precisa, não será realizada –, detalhou.HDPO Hospital Divina Providência (HDP) também enfrenta dificuldades, tanto é que estão sendo priorizados os atendimentos mais urgentes, para evitar a total falta dos insumos. A instituição está com dificuldades para adquirir cloreto de sódio 0,9%, embalagens de 100 ml, 500 ml e 1000 ml e soro ringuer 500 ml.
– Essa situação ocorre em âmbito nacional, e estão sendo mais afetados os locais distantes dos grandes centros. Além disso, houve um aumento abusivo, pois em novembro, o item custava R$ 4,00 e agora está em R$ 9,28, isso dificulta as negociações com os fornecedores –, explica o presidente do hospital, Waldriano Gemelli.
Ele acrescenta que, até o momento, ainda não houve suspensão de nenhum procedimento, mas estão sendo priorizados alguns, como a hemodiálise, que necessita muito soro, além de cirurgias de emergência. Outra medida adotada foi comunicar o Ministério Público estadual e federal sobre o problema, tentando negociações para que os fornecedores que possuem contrato com o hospital apresentem soluções.
Uma audiência sobre o tema foi realizada na manhã desta sexta-feira, 10, no MP de FW para tratar sobre o tema.Por: Folha do Noroeste
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Rádio Avenida
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